DIVIDIR PARA CRESCER

Há poucos dias atrás eu li um texto apaixonante e totalmente meu -o P. até ironizou que, provavelmente, eu mesma teria escrito as palavras-, em que a autora dizia que a diferença entre ela e a outra pessoa (a quem ela direcionava o escrito) era ser semente e não folha seca. UAU! É isso.
Eu nunca percebi o quão semente eu era, até alguns meses atrás. Por muito tempo eu tive a sensação de autossuficiência, que por vez, me fazia ter um comportamento do tipo “tanto faz a sua companhia”. Fui me tornando fechada, amarga e individualista, e por isso, acho que estava na hora da vida providenciar um dos seus famosos 'chacoalhões'(ela é muito boa nisso, aliás).
Acordei meio assustada e totalmente amedrontada. Eu entendi que nunca me bastei e que jamais gostei de ser uma ilha perdida no nada. Gosto da conexão, da proximidade, do aconchego e da profundidade. É bem nesse momento de rompante de sabedoria que a vida nos proporciona, que a gente aprende que para ser gostada, temos que responder da mesma forma: gostando! Pois é assim que funciona a reciprocidade.
Por mais louco que isso pareça e por mais dissonante que isso seja da frase que tenho tatuada nas costas, percebi que, às vezes, é bom criar raízes e ter pessoas para nos regar e nos ajudar a crescer e florescer, já que a liberdade, quando não bem vivida, se torna solitária e angustiante.
Que aprendamos a compartilhar e somar, podendo assim, se desenvolver e criar galhos num ramo insosso e vértebras numa coluna dorsal solitária, de forma que, quando alguém for embora (porque as pessoas geralmente vão), elas levem consigo um pouco da gente (já que é bom poder viver de maneiras diferentes em outras pessoas), mas nos acrescentem em algo e nos renove com bons ingredientes e aprendizados.

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