ESCREVENDO E NÃO PRATICANDO
Que a confiança é constituída por materiais frágeis, isso nunca foi novidade pra ninguém. Porém, o que pouca gente admite é que mesmo depois do objeto se quebrar, ainda ocorrem tentativas de conserto.
A gente senta na beirada da cama, pega os pedaços dessa coisa e tenta remontar, rezando de minuto em minuto pra que a cola seja boa o bastante e que aguente firme.
A gente passa horas à fio insistindo em consertar a peça quebradiça e meio torta, até que nossos olhos embaçam e as costas doem. E depois do artefato refeito e pronto, percebemos o perceptível... o quão mal estruturado aquilo ficou, mesmo depois de colocarmos um lacinho de cetim pra disfarçar os remendos para os olhos mais atentos.
A confiança é um utensílio que, quando não bem preservado, acaba virando um cacareco que não mais combina com sua estante (brilhante e cheia de enfeites refinados e atraentes).
Quando finalmente percebermos que gastamos a tarde inteira numa coisa sem sentido, vai ser libertador poder jogar os pedaços no lixo e ir ler um livro!
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