AMAR E MUDAR AS COISAS

Uma dúvida angustiante tem me inquietado há um tempo. Não saber o que ando fazendo da minha vida é sempre algo recorrente. Acho que ninguém sabe muito bem a resposta disso, então, de alguma forma, perdidos estamos todos.  Porém, o que mais me incomoda é questionar a  única certeza que tive durante muito tempo: a História. Há algumas semanas, o meu colega J. me disse que sabia que eu tinha amor pelo que fazia e foi aí que eu me surpreendi com minha própria resposta: ‘eu não sei se faço o bastante pra afirmar que amo a História’. UAU! É estranho dizer isso, mas não sinto o mesmo fervor ao falar de monumentos e fontes, como fez o E.O. ao apresentar a matéria da RPC produzida na Argentina. Acho quase tudo muito monótono e meu olhar, que deveria estar se moldando tal qual o de uma especialista da área, parece ser apenas o de uma pessoa sem conhecimento sobre o tema. Entretanto e em contrapartida, ganho o meu dia toda vez que tenho a oportunidade de dar uma mini-aula sobre História Contemporânea pra uma pessoa sem experiência na academia, como fiz agora há pouco com um cara que entrou na lojinha da minha mãe e me disse que a volta da ditadura provavelmente seria uma boa pedida. Ganho o meu dia toda vez que apresento um seminário sobre um tema que eu aprecio e as pessoas me assistem com atenção, interessadas. Mas, acima de tudo, meu coração se acalenta toda vez que faço um texto como esse, e ao voltar e ler, percebo que a História acaba estando, de alguma forma, em tudo que eu escrevo. Talvez, então, eu só goste e a contemple de forma diferente. Provavelmente, eu goste dessa garota, mas a ame em partes.

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