...SOBRE O MESMO TEMA
Tenho sérios problemas com memória (ou
com a falta dela, para ser mais específica). É como se tudo estivesse aqui e de
repente ‘PUFF’...escuridão! Há alguns meses atrás, quando percebi pioras no
quesito amnésia, tentei sistematizar as coisas, anotando o que tinha que fazer
no dia posterior no bloco de notas do celular, parando para tentar lembrar quando
foi que uma ou outra coisa havia acontecido, como era o local, quem estava
presente, se tinha ocorrido nesse ou no ano passado e como eu me sentia na
ocasião. Pareciam ótimas ideias, até que começou a dar em nada. Meu cérebro
continuou teimando em não se concentrar e eu simplesmente esquecia de sequer abrir o bloco de notas.Nessa onda de conservar as recordações, como
última opção, eu passei a me utilizar da tecnologia como tábua de salvação, já
que minha massa encefálica andava defeituosa. Agora, eu sou a garota maníaca que
registra e guarda tudo- ou tenta, pelo menos- em fotos e vídeos-que me ajudam a
resgatar as lembranças quase perdidas-, torcendo para que o computador não
precise ser formatado, igual grande parte das minhas recordações.Algumas lembranças são calmas e seguras;
outras, causam uma sensação estranha, um aperto no peito e um saudosismo
exagerado. Muitas vezes, não é confortável recordar e mexer com coisas que
deveriam estar guardadas na ‘malinha de mão do coração’, como diria Liniker,
mas isso está completamente relacionado com quem somos ou fomos, no passado. A verdade é que conservar memórias é muito mais do que uma
pira, é um exercício de autoconhecimento e de manutenção de nossas identidades.
0 comentários:
Postar um comentário