Entre o medo e a razão
Eu sempre segui meu coração, e mesmo depois que percebi os
problemas que ele tem me causado, ainda me orgulho de admitir isso. Lembro dos
meus professores do Ensino Médio que passaram o último ano inteiro tentando me
convencer que eu tinha potencial para um curso mais lucrativo, vantajoso, ou sei
lá a expressão que eles usavam na época... o que pra mim não fazia o mínimo
sentido, já que “nadar na grana” nunca foi uma das minhas prioridades. Foi bom
não ter seguido aqueles conselhos, prudentes até demais para uma garota de 16 anos.
Hoje, colocando na balança, sei que os meus maiores
arrependimentos são de quando escolhi a racionalidade sobre a emoção e acabei indo pelo lado oposto ao que meu coração me pedia para caminhar. E quando me
dei conta do quão errado era tudo isso, “fui me despindo, me trocando me
sentindo, me soltando...” e nos momentos que fiz tal coisa, fiquei feliz comigo
mesma.
Foi bom ter engolido o orgulho, muitas vezes, e num rompante
de irracionalidade, ter feito o que achava bom para o momento, mesmo que a
conta acabasse chegando bem mais cara depois.
É exatamente disso que sinto falta: de não sentir medo
algum, de esquecer o certo e aproveitar a emoção daquele Agora. Aqui, nesse
Agora raso demais, só me sobrou o controle, o saudosismo, o sensato e uma
racionalidade que não me serve pra coisa alguma...

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