Mais do que eu imaginei

Quem decidiu o que é ser vitorioso? Quem inventou os padrões e as regras mínimas que devem ser seguidas para que alguém possa ser definido como tal?
Alguma imposição me disse que devo ser boa o bastante, mas não sei por quê e nem pra quem. Ninguém me disse como faço isso. 
Cheguei à bifurcações em que ambos os lados pareciam bons e maus ao mesmo tempo. Em todos os casos, uma pressão estranha me obrigava a decidir, e me senti como se estivesse me rasgando ao meio enquanto os dois barcos moralistas se afastavam um do outro. Não era como se eu quisesse ser isenta, eu só não desejava nenhum daqueles lados; preferia me afogar no mar.
Ou nadar, mesmo não sabendo.
Aprender a nadar, melhor dizer assim.
Não queria ir para o Leste ou Oeste, queria alcançar a infinidade do horizonte.
Sei lá o que eu iria alcançar quando chegasse lá, era cedo demais pra saber. Mas eu já tinha pra onde ir e estava fortalecendo os meus braços antes de mergulhar, e era isso o que importava: ser boa o suficiente... pra mim.

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