O tempo é (ini)"migo"

À medida que eu pisava firme com destinos bem definidos no hoje, pensava sobre o passado. Não de forma melancólica, mas com saudosismo, saudades e incompreensão sobre o tempo que passa rápido demais.
Só foi há pouco que tomei consciência, de fato, sobre o que o tempo significa. E quando isso aconteceu- e acontece-, tenho vontade de arrancar na unha o desenho da ampulheta representada na minha pele.
Ontem o clima estava chuvoso igual o dia que, há 2 anos atrás, insisti em ir à universidade, mesmo quando ela passava por um apagão. Eu estava empolgada...em ambos os dias..., mas só eu sei como as duas situações são tudo, menos semelhantes.
Nada mais é igual, mesmo que ficticiosamente, o caminho queira fazer parecer isso.
O chão me segura, mas já não me reconhece
As paredes me assistem, mas não me abraçam
As pessoas me olham, mas não mais sorriem.
Eu sou uma estranha, sem identidade nem pertencimento.
Não sou mais a menina tímida que sentava na primeira fileira, em 2014;
Não sou mais a germinação de mulher de 2015;
Não sou mais a rebeldia de 2016;
Não sou mais o trem desgovernado de 2017
Não sou mais o projeto de reconhecimento de ser humano de 2018
Eu sou maio de 2019, a que sorri, mas sabe dizer com detalhes aonde já chorou; a que tem legado, propriedade, mas sente falta do antes; a que conquistou respeito, mas busca admiração; a que vem se transformando há 5 anos, mas hoje se sente diferente, porque mais do que tudo, tem amigos, professores, intervalos com gargalhadas, crescimento, insegurança, amores e catuaba. Hoje eu sou maio de 2019 porque a (H)istória me tem, mais do que nunca

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